A Defesa Fitossanitária e o funcionamento do Laboratório de Quarentena Costa Lima da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) foram apresentados em seminário coordenado pelo pesquisador Luiz Alexandre Nogueira de Sá, em 13 de fevereiro, a estudantes do curso de pós graduação do Instituto Biológico (IB). 

De acordo com o pesquisador, o Laboratório de Quarentena desempenha atividades relativas às introduções de agentes de controle biológico no país. Desde o seu credenciamento, em 1991, foram realizadas introduções de mais de 240 espécies de organismos para fins de controle biológico de pragas em diversas culturas e para outros fins, atendendo às solicitações de cerca de 10 estados no país. 

“O objetivo desta Estação Quarentenária é eliminar os contaminantes, material tido como suspeito e/ou indesejável, providenciar a identificação específica e categórica do material recebido, executar em laboratório a criação e estudos biológicos dos organismos a serem liberados, manter em coleção espécimes "voucher" dos organismos quarentenados, além de sugerir tecnicamente sobre a conveniência em se liberar ou não tal organismo no campo”, explica Sá.  

Também funciona como um filtro para evitar a entrada desses contaminantes no país juntamente com o inimigo natural exótico a ser importado, além de outros estudos bioecológicos que permitam avaliar a segurança ambiental desses bioagentes introduzidos antes de sua liberação no ambiente. 

Para Antonio Batista Filho, Diretor Geral do IB, “é importante que os alunos fiquem contextualizados com a realidade dessas estratégias onde se introduzem inimigos naturais exóticos, e conheçam processos importantes de controle biológico clássico de pragas, quais os procedimentos para a entrada oficial desses inimigos naturais no país via quarentena, e fiquem sintonizados com o que ocorre de fato nesta área de intercâmbio de bioagentes de controle no mundo”. 

“O Laboratório de Quarentena é um instrumento muito importante para o Brasil com relação as barreiras fitossanitárias por ser um instrumento que mostra a preocupação do país em garantir a entrada de organismos “limpos” e que podem ser explorados em controle biológico de pragas”, finaliza.